domingo, 25 de janeiro de 2009

Conscientização é uma de nossas armas no combate ao bullying
Tem crescido bastante o apoio á causa anti-bullying no Brasil, para tanto, é essencial que esclareçamos de forma bem objetiva o que é o bullying, características, quem são os autores, o que pode ser feito para melhorar o problema etc.
É importante que a avaliação da ocorrência de bullying seja feita de forma mais isenta possível. Não adianta querer "enxergar" bullying onde não existe, isso é errado, precipitado e atrapalha a nossa causa, pois banaliza um problema que já é difícil de ser classificado.

domingo, 18 de janeiro de 2009

2008. Bergen (Noruega)
Gente, eu na "terra" de Dan Oelwus.
Ele nasceu na Suécia, mas trabalha desde 1970 na University of Bergen, Norway. Oelwus é um dos pioneiros nos estudos do bullying e nosso grande mestre. Tive que vir aqui para "beber" a água e me inspirar para continuar na luta anti-bullying.

sábado, 17 de janeiro de 2009

"Você não é pago para pensar, é pago para digitar"
Durante os 10 anos que trabalhei em um banco estatal, tive a oportunidade de presenciar ex-colegas maltratando digitadores (estagiários de empresas contratadas) com expressões como "escragiário", piadinhas, grosserias, desprezo, ou frases como "você não é pago para pensar, é pago para digitar". A grande maioria tratava bem esses colegas, mas sempre havia alguns que "extrapolavam".
Infelizmente, o setor bancário é um dos campeões de wokplace bullying, mobbying ou assédio moral no trabalho. Aliás, foi esse setor que elevou as táticas do capitalismo selvagem a patamares ainda não conhecidos. Sabemos da "cultura" que rege o sistema de demitir empregados mais antigos (e caros) para colocar trabalhadores mais novos e com salários menores para executarema mesma função. É a exploração cruel da mão-de-obra. Quando não demitem, em alguns casos, transferem trabalhadores para outras funções, horários ou até local de trabalho para causarem uma "demissão voluntária".
O Poder Judiciário está atento a isso. Caso você esteja sendo vítima de bullying no seu ambiente de trabalho procure o sindicato de sua categoria e tente juntar as provas.
O trabalhador deve sempre ser tratado com dignidade.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Professor recebe indenização por xingamento
Caso pode configurar até ato de assédio moral ascendente
Segundo o Jornal Folha de São paulo, de 14.01.09, uma estudante universitária de Brasília terá de pagar indenização a seu ex-professor por tê-lo xingado e ameaçado fisicamente após ter sido flagrada colando em uma prova.
A 1ª Turma Recursal do Tribunal de Justiça do DF condenou, por unanimidade, a aluna do curso de direito a pagar R$ 5.000 por danos morais ao professor Alexssander de Oliveira, 25.
Veja a matéria no link abaixo:

domingo, 11 de janeiro de 2009

Cyberbullying
Se você está sendo vítima de bullying pelo MSN, Orkut, torpedos, Skype, ou qualquer outra forma eletrônica, procure ajuda.
Imprima as página da internet com os horários e datas do acesso, bem como o conteúdo das agressões.
Se for pelo celular, bata fotos dos conteúdos das mensagens, número do telefone de origem e dos horários e datas.
Não apague os dados, pois eles são essenciais para a avaliação do caso por um juiz de direito.
Procure o promotor de justiça de sua cidade para que sejam tomadas as providências legais. Caso você não tenha 18 anos, leve primeiro o assunto ao conhecimento de seus pais.
Você tem o direito de não ser ofendido!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Beto Gazetti fala sobre Bullying nas Escolas
Beto Gazetti fala sobre Bullying nas Escolas, gravado no Colégio Piaget, em São Bernardo do Campo - SP. Exibido 14/09/08 no Quadro "Aprendendo a Aprender" do Programa MEDICINA PLURAL. Assistam todo domingo das 2 às 3 da tarde, nos Canais 3 e 12 (NET Cidade) da NET, TV a cabo do grande ABC.

Não seja vítima de bullying
Leve o assunto ao conhecimento de seus pais, superiores no trabalho ou procure assistência jurídica. Procure a ajuda do promotor de justiça de sua cidade e narre o seu caso. Leve nomes de testemunhas, datas e horários, impressão de páginas do orkut com difamações etc.
Procure saber os seus direitos. Não permita que outras pessoas façam isso com você. É proibido pela lei brasileira.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

As duas faces do Assédio Moral
Assédio Moral e suas consequências...Pessoas que se aproveitam do problema.Qual é o pefil do assediador.Qual é o perfil do assediado.
Também chamado de Workplace bullying.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Os agressores do sexo masculino são mais violentos que os do sexo feminino no bullying escolar?
Nem tanto. O que basicamente ocorre é que os tipos de agressões são bem diferentes. Regra geral, os agressores utilizam mais a força física e as agressoras utilizam mais os ataques morais, como por exemplo, espalhar fofocas, proibir o acesso a grupinhos na escola etc.
Ambas podem ser combinadas e são muito dolorosas paras as vítimas, haja vista que são ataques reiterados.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Esta foto foi tirada no seminário de bullying realizado pelo MP-PB em 2008, em João Pessoa (PB), com cerca de 700 participantes. Procuradora-geral do MP-PB, Dra. Janete Ismael e os palestrantes Cleo Fante, Guilherme Schelb e Lélio Braga Calhau. Foi um evento magnífico.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Minha história
Meu nome é Daniele Vuoto, uma gaúcha de 22 anos. Vim aqui contar um pouco da minha vida escolar para vocês.
Desde a pré-escola, quando via alguma coleguinha sendo motivo de risada, eu ia lá e defendia. Não achava certo!
Com o tempo, isso virou contra mim: por virar amiga das vítimas, passei a ser uma. As desculpas utilizadas na época eram coisas banais:eu ser muito branca, muito loira, as notas altas, e mais tarde minha tendinite virou motivo de piada também. No começo, as agressões vinham mais de outras turmas, e não muito da que eu estudava. E essa situação na escola começou a me afetar de verdade com a doença (e alguns anos depois falecimento) do meu avô e o desemprego de praticamente toda família. Naquela época fiquei muito triste com o que acontecia, e a soma dos problemas da família e humilhações na escola tornaram o clima muito pesado. Então aos 14 anos resolvi mudar de escola.
Achava que a mudança seria um recomeço, e não sofreria mais. Isso foi um grande engano. Aquela escola foi um pesadelo: lá, eu era vista como assombração, as pessoas me tratavam como se fosse uma verdadeira aberração mesmo. Berravam quando me viam, empurravam, davam muita risada, roubavam coisas, e o pior: alguns professores apoiavam as atitudes dos meus colegas.
Troquei de escola no meio daquele ano. E dei sorte! Fui para uma escola pequena, simples, mas muito boa! Mesmo ficando sempre quieta, lá ninguém mexia comigo - pelo contrário, queriam que eu participasse! Infelizmente aquela escola era só de ensino fundamental.
No ano seguinte, fui para outra escola: a última escola que estudei.
Lá, fiz como sempre: via quem estava sozinho, e fazia amizade. Mais do que nunca, eu era tida como a diferente. Tinha 15 anos, não usava as roupas de marca que as demais colegas vestiam, não ia a festas, passei a ser muito tímida, tirava notas altas. Para eles, aquilo não era considerado muito normal. Mas consegui fazer duas amigas, e no ano seguinte fiz amizade com mais duas meninas.
Logo, uma delas começou a dizer o quanto as outras falavam mal de mim.
Aquilo foi me incomodando muito, pois já era humilhada todos os dias. Não agüentei e abri o jogo: falei que sabia que falavam mal de mim, mas não disse quem havia me contado. Assim, me acharam mentirosa, e se afastaram. Quem se afastou também, para o meu espanto, foi justamente a garota que me contou essa história toda. Ai caiu a ficha: ela queria me tirar do grupo, afinal, comigo elas poderiam ser zoadas também.
Com isso me deprimi mais ainda. Ia caminhando até a escola, e parei de olhar ao atravessar a rua. Para mim, morrer seria lucro. Estava novamente sozinha numa escola enorme, tentando me refugiar na biblioteca, e até lá sendo perseguida.
Passei a comer menos, a me cortar e ver tudo como uma possível arma para acabar o sofrimento. Nas férias de inverno me fechei mais ainda, não poderia voltar para escola nenhuma. Via meus pais feito loucos me procurando uma escola nova, e piorava mais ainda por isso. Foi ai que pedi para ir numa psicóloga, e ela contou aos meus pais que, naquele estado, eu não teria condições de enfrentar uma nova escola.
Comecei um tratamento com ela, e em seguida, com um psiquiatra. No ano seguinte, conheci o Rafael, e com um pouco mais de dois meses de namoro, numa recaída da depressão, a psicóloga disse que possivelmente meu problema era esquizofrenia. O psiquiatra concordou, e com isso, fui internada, recebendo um tratamento totalmente equivocado. A família não sabia o que se passava, e eu também não tinha como contar. Pensávamos que dariam um apoio psicológico, um tratamento para depressão, e foi bem o contrário. Era uma prisão. Nos dois primeiros dias, não ganhei comida, porque a nutricionista tinha que falar comigo primeiro. Tomava copos com em torno de 10 comprimidos 4 vezes ao dia. Quase mataram um interno na minha frente. Só não o fizeram porque impedi. Sai após 11 dias de internação... depois de incomodar muito para conseguir isso.
O Rafa, graças a Deus, nunca deixou de acreditar em mim. Falando com ele, vi que se eu tentei me matar, muitos estudantes também tentavam, e muitas vezes conseguiam. Vendo também o que fizeram com o outro interno do hospital, decidi que se pudesse evitar um suicídio que fosse, daria tudo de mim para isso. Comecei a pesquisar sobre bullying - quando fui alvo, não sabia que tinha nome. Só achava informações em sites internacionais, e ia traduzindo.
Resolvi criar um blog: No More Bullying ( http://nomorebullying.blig.ig.com.br ). Foi a forma que encontrei para ajudar e alertar pais e professores. Participei de matérias que divulgaram o endereço. Pude conversar com muitas pessoas, gente de todas as idades. É triste ver tantos casos acontecendo, mas pelo menos tento fazer minha parte, tentando informar e mostrar que existe saída.
Na época em que fui vítima, a cada humilhação pensava “devo ser estranha mesmo”. Hoje percebo o erro que é pensar assim. É o que tento ensinar para as esses alunos: que nunca acreditem no que dizem de ruim, pois o agressor é muito inseguro, quer chamar atenção. Sentem tanto medo quanto nós, só escondem melhor. Não é sua culpa, e por mais duro que seja, avise seus pais. Se não conseguir, peça para alguém. Não é vergonha sofrer bullying, e pedir ajuda é o diferencial entre acabar com a vida mais cedo ou garantir um longo e belo futuro. Psicólogos ajudam muito, e se com o primeiro profissional não der certo, vá tentando até encontrar alguém que realmente anseie por seu progresso!
Na escola, é importante observar, nos intervalos, se tem mais alunos sozinhos, excluídos. Provavelmente são alvos de bullying também. Anote dia, data, hora da agressão, e se nada for feito - mesmo depois da escola ser avisada - fazer a lei ser obedecida, encaminhando o caso ao conselho tutelar.
Enquanto isso, você pode ir treinando sua confiança novamente! Pensando diferente, como “olha o que ele tem que fazer para se sentir o poderoso, tem que pisar em mim, só sendo muito inseguro pra fazer isso. Eu sei o que tenho de bom, e não é por insegurança dele que vou deixar de acreditar nisso”.
Hoje tenho 22 anos, e o Rafa virou meu noivo. Terminei o ensino médio, e estou cursando o segundo ano de Pedagogia na faculdade! Não tomo mais remédios, nem faço tratamentos. A maior lição que tirei do que aconteceu é que não podemos acreditar em tudo que dizem de nós, e sim acreditar que as coisas podem mudar, e lutar pra isso! Afinal, enquanto estamos vivos, ainda temos chance de mudar a nossa história.
Daniele Vuoto
http://nomorebullying.blig.ig.com.br

Vídeos sobre bullying:

1)Bullying e o Mal que causa *Nova Versão*

http://www.youtube.com/watch?v=NLp0z9ZtjWk&

2)Cyberbullying – por que machuca tanto?

http://www.youtube.com/watch?v=qcQahMAKjHM

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009