sexta-feira, 11 de junho de 2010

Audiência Pública sobre bullying teve palestra de especialista na Assembléia Legislativa do Espírito Santo (ES) 

Promotora de Justiça Soraya Escorel profere palestra na AL-ES sobre o bullying (Foto: AL-ES)

Nesta quarta-feira (9), aconteceu no auditório 1 da Assembleia Legislativa do ES umna audiência pública para debater o projeto de lei que trata de medidas de combate à prática de bullying nas escolas públicas e privadas do Espírito Santo, de autoria do deputado estadual César Colnago. O evento contará com a participação de pais, alunos, professores e especialistas na área pedagógica e jurídica e terá palestra da promotora de Justiça da Infância e Juventude de João Pessoa (PB), Dra. Soraya Escorel (foto), autora do Manual de Orientação Sobre o Bullying.

A inclusão de medidas no projeto pedagógico, das escolas públicas e privadas, de educação fundamental para a conscientização, prevenção, diagnóstico e combate ao bullying. Este é o objetivo do Projeto de Lei nº544/2009, de autoria do deputado César Colnago (PSDB), que tramita na Assembleia Legislativa (Ales) e deve ser incluído nas discussões dos deputados principalmente agora, que terá início o ano letivo.

Bullying são todas as atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, adotadas por estudantes contra colegas de turma ou escola. Geralmente não há motivação para a violência contra a vítima, que costuma ser tímida, insegura e pouco sociável.

São considerados casos de bullying colocar apelidos pejorativos, ofender, humilhar, discriminar, excluir, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar, agredir, roubar, depredar o patrimônio alheio, entre outros. Uma pesquisa realizada na Grã Bretanha apontou que 37% dos alunos do primeiro grau já sofreram bullying por parte dos colegas. As agressões ocorriam, no mínimo, uma vez por semana.

No Brasil, análise realizada pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Criança e ao Adolescente (Abrapia), em 2002, no Estado do Rio de Janeiro, constatou que, dos 5.875 alunos de 5ª a 8ª série entrevistados, 40% admitiam estar envolvido em casos de bullying, sendo que 16,9% foram alvos, 10,9% alvos e autores e 12,7% autores de violência contra outros alunos.

Os meninos estão, em sua maioria, mais envolvidos em casos de bullying, tanto como vítimas quanto autores das agressões. As meninas também praticam o ato, principalmente com o objetivo de excluir ou difamar outros alunos. Em seu projeto, o deputado César Colnago explica quais são as consequências dos abusos sofridos em ambiente escolar.

“Quando não há intervenções efetivas contra o bullying, o ambiente escolar torna-se totalmente contaminado. Todas as crianças, sem exceção, são afetadas negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo. Alguns alunos, que testemunham as situações de bullying, quando percebem que o comportamento agressivo não trás nenhuma conseqüência a quem o pratica, poderão achar por bem adotá-lo”, informou.

O parlamentar ainda conclui. “As medidas adotadas pela escola para o controle do bullying, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de uma cultura de não violência na sociedade”, finalizou.

FONTE: www.cesarcolnago.com.br



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